23/03/2022 às 21h03min - Atualizada em 23/03/2022 às 21h03min
458 votos a favor e dois contra: decretam urgência
Novo piso de Enfermagem não precisa mais passar pelas Comissões Parlamentares
Lorenna Ramalho
Representação/ internet
Em caráter de urgência, o Congresso deve discutir fontes de financiamento para proporcionar aos profissionais de enfermagem um novo piso.
O projeto tem tudo para que sua tramitação não demore mais pelo Senado visto que, encontra-se aprovado desde 2021. Os valores estão instituídos em R$ 4.750 para os formados; o que independe se trabalham em setores público ou privado, R$ 3,325 para técnicos e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. O senador Fabiano Contarato é o autor da proposta original.
A deputada Carmen Zanotto (Cidadania/SC) explicou que nas próximas 5 semanas ocorrerá uma viabilização de verbas. Para ela, o piso beneficiará pouco mais de 1 milhão de profissionais; não sendo 2,5 milhões como dizem. O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) verbalizou que: "Quem está precisando do Samu não pode esperar cinco semanas" pedindo que a proposta seja votada antes do prazo.
O deputado federal, Tiago Mitraud(MG) em contrapartida alega que este projeto pode acabar gerando desemprego e avisa que, aprovado, ocasionará o aumento de impostos. Sendo contra e apontando a atitude dos parlamentares como uma medida, meramente, eleitoreira. O fato é que cálculos deste aceite já chegaram em torno de 15, 16, até 18 bilhões ao ano. Gestores públicos questionam: onde irão buscar os recursos?
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em fevereiro apoiou o projeto como algo justo e de reconhecimento para esta categoria posicionada na linha de frente de combate de tantas adversidades. O plenário da Câmara dos Deputados já aprovou a urgência; isto significa que ele não precisa mais ser analisado pelas comissões da casa. Foram 458 votos a favor e dois contra.
"São mais de 2,6 milhões de trabalhadores ativos no Brasil nos quatro segmentos de enfermagem, sendo 642 mil enfermeiros, 1,5 milhões de técnicos, 440 mil auxiliares e 440 parteiras." Aponta o Conselho Federal de Enfermagem - Confen, representado por Daniel Menezes. Citando ainda, que o mesmo profissional pode ter registro em mais de um segmento.