Dia 26 de setembro é comemorado o dia Nacional dos surdos, que tem como objetivo trazer reflexões sobre os direitos e a luta pela inclusão da pessoa surda na sociedade. Durante todo o mês são realizadas ações, que chamam atenção para a urgência de se criar políticas públicas efetivas, que insiram a pessoa com deficiência na vida da sociedade.
Para o professor e intérprete Diego Herbert, já se pode observar um pequeno avanço na questão da acessibilidade no estado do Piauí, mas que ainda está distante do ideal: “ um exemplo é a educação, existe uma carência de escolas bilíngues, que respeitem a sua cultura, que foque na sua língua (Libras), que usem metodologias corretas para que o surdo possa aprender o português, professores que saibam Libras para interagir com os alunos” destaca.
Ainda de acordo com Diego, é preciso que toda sociedade faça alguns ajustes para que estejam preparados para acolher as pessoas com deficiências, pois todo ser humano e cidadão tem o direito de se sentir igual aos demais.
O Estudante de Letras-Libras Luann da Costa que é pessoa surda, destaca que, mesmo já existindo uma luta pela acessibilidade, ainda tem vários orgãos públicos e empresas que não fornecem a comunicação com o Surdo “para ir à algum orgão, loja ou instituição, preciso de acompanhante, alguém que entenda Libras, o que tira nossa autonomia, falta ainda uma real acessibilidade” lamenta.
A Saúde é um outro grande desafio, pois existe uma carência de profissionais nessa área para atender a pessoa surda. O professor Diego cita o exemplo de uma surda que faz tratamento oncológico e quando chega no hospital se sente desprezada, pois não existe um atendente, enfermeiro, médico que saiba Libras para prestar um serviço de qualidade.
“Sem dúvida a área que mais sinto dificuldade é a área da saúde, pois os profissionais tem dificuldade para entender o que estamos sentindo, precisamos ir com um familiar para explicar, pois os médicos não tem o domínio da Libras” afima Luann.