O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) entrou com uma denúncia contra 13 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que teria desviado recursos públicos de convênios firmados entre o município de Timon e o Estado do Maranhão. Segundo a denúncia, os danos aos cofres públicos chegam a mais de R$ 226 mil reais.
As irregularidades foram descobertas durante investigações que contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do 1º Departamento de Combate à Corrupção de Timon.
Entre os crimes cometidos pelos suspeitos, estão a falsificação de documentos públicos e particulares; falsidade ideológica, peculato e organização criminosa. Os denunciados são:
De acordo com o Ministério Público, Edinaldo Medeiros falsificou um documento público de Revezamento de Empresário utilizado na Junta Comercial do Maranhão (Jucema), onde alterou as atividades de uma empresa. Ele havia sido contratado para dar baixa na empresa, mas mudou o ramo de atuação sem conhecimento da proprietária.
O objetivo, segundo o Ministério Público, era emitir notas fiscais de serviços não executados para fazer parte das prestações de contas de convênios firmados com o Estado do Maranhão.
A dona da empresa soube após ter sido notificada pela Prefeitura de Timon, em relação a um débito no valor de R$ 1.450,60. Além disso, a mulher chegou a ter sido notificada pela Polícia Federal (PF) e pelo Conselho de Contabilidade, por atos criminosos de exercício ilegal de profissão, já que não era contadora.
O Ministério Público diz que as assinaturas que constam no documento apresentado à Jucema em uma suposta procuração dando plenos poderes para Edinaldo Pereira representar a empresária, divergiam da assinatura da vítima.
Em depoimento ao MP, ele afirmou que que estava 'precisando de uma empresa para prestar contas de uns convênios e em razão do lapso temporal modificou o ramo da empresa'. A denúncia afirma que os demais suspeitos eram responsáveis pelos seguintes crimes:
De acordo com a denúncia, o dano causado aos cofres foi de R$ 129.240,00, mas em valores corrigidos, chega a R$ 226.279,52. O processo foi deslocado para a 1ª Vara Criminal de São Luís, por se tratar de uma organização criminosa.